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Biografia dos Mamonas Assassinas

Se você nasceu entre os anos 1990 e 2000, certamente já se pegou cantando e dançando os clássicos “Brasília Amarela”, “Robocop Gay” ou “Vira-Vira”. Essa banda de rock humorístico conhecida como Mamonas Assassinas teve a sua carreira interrompida por uma terrível tragédia em 1996. Mas o tempo em que puderam disseminar sua música, seus membros também levaram muita alegria a seus fãs. Composta por Dinho, Bento Hinoto, Júlio Rasec, Sérgio Reoli e Samuel Reis de Oliveira, a banda deixou muita saudade no coração até mesmo de quem não pôde conhecê-los em vida. Continue lendo a seguir a biografia do Mamonas Assassinas e encante-se ainda mais com a história desse grupo!

23/06/1995 02/03/1996
Ícones atemporais da música brasileira. Dê o play e relembre

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Quem eram os Mamonas Assassinas? integrantes da banda Mamonas Assassinas

Mamonas Assassinas foi uma banda brasileira de rock cômico. O som era uma mistura de punk rock com influências de gêneros populares, tais como forró (Jumento Celestino), brega (Bois Dont Cry), além de heavy metal (Débil Metal), pagode (Lá Vem o Alemão), Música mexicana (Pelados em Santos), Rap (Zé Gaguinho), Reggae (Onon Onon) e o vira (Vira-Vira). A carreira da banda, com o nome de Mamonas Assassinas, durou de julho de 1995 até 2 de março de 1996 (pouco mais de 7 meses) e não só a morte de seus integrantes, como também o sucesso destes, foi meteórico e estrondoso. Com um único álbum de estúdio, Mamonas Assassinas, lançado em junho de 1995, o grupo acarretou a venda de mais de 3 milhões de cópias no Brasil, sendo certificado com Disco de Diamante em 1995, comprovado pela ABPD. Álbum este, que com letras bem-humoradas, como "Pelados em Santos", "Robocop Gay", "Vira-Vira", "1406" e "Mundo Animal", os levou ao sucesso estrondoso. Porém, no auge de suas carreiras, os integrantes da banda foram vítimas de um acidente aéreo fatal.


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Disco recorde de vendas

Durante sua curta trajetória artística, o Mamonas Assassinas lançou apenas um álbum de estúdio. Apresentado ao público em 23 de junho de 1995, o trabalho da banda estabelecida em Guarulhos (SP) vendeu mais de 3 milhões de cópias. Graças a esse recorde de vendas, o grupo recebeu uma certificação de diamante triplo, segundo a ABPD, tornando-se o terceiro disco nacional mais vendido no Brasil e o segundo mais comercializado durante os anos 1990.



Outro recorde batido pelo álbum, que permanece até hoje, é o de álbum de estreia mais vendido na história do Brasil. Além disso, o CD, homônimo à banda, vendeu 25 mil cópias em apenas 12 horas, chegando a somar 50 mil cópias por dia, o que rendeu ao quinteto a certificação de disco de ouro na época.



O sucesso não se limitou ao Brasil. O grupo formado por Dinho, Bento Hinoto, Samuel Reoli, Júlio Rasec e Sérgio Reoli quebrou recordes em terras transatlânticas. Em Portugal, o CD vendeu mais do que 20 mil cópias, dando ao grupo paulista o certificado de disco de ouro no país. O trabalho, produzido por Rick Bonadio, foi também o segundo disco mais vendido em 1996, em Portugal.

Relembre os melhores trechos de músicas dos Mamonas Assassinas
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Acontecimentos após o acidente

Após o acidente de avião que vitimou os integrantes da banda, alguns produtos licenciados foram lançados, mas não foi tão simples assim. A utilização legal da nomenclatura "Mamonas Assassinas" foi motivo de atrito entre os familiares dos membros da banda. Na época, diversas empresas queriam colocar o nome dos Mamonas em brinquedos, revistas, tênis, produtos alimentícios, bebidas, entre outras — levando em conta que inúmeros produtos piratas já estavam sendo vendidos. Com isso, o empresário Sami Elia entendeu que as empresas não estavam sendo oportunistas ao quererem usar comercialmente o nome dos Mamonas, sendo que as famílias dos músicos permaneceriam com o direito de usufruir todo o sucesso obtido pelos seus filhos.



Depois de muitas especulações, assim que a tragédia ocorreu, milhares e milhares de produtos com o nome e imagem da banda foram colocados em prateleiras comerciais. Dentre eles, brinquedos lançados pela Estrela como uma meleca plastificada nomeada de "Pum-pum Mamonas Assassinas", que vendeu 300 mil unidades até o mês de outubro de 1996; cromos com caricaturas, fotos, ilustrações da banda e uma HQ; jogos eletrônicos, um CD-ROM, o DVD “MTV na Estrada”, entre muitos outros lançamentos que alcançaram um público em larga escala.


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Homenagens parque que leva o nome da banda em homenagem

— No mesmo ano em que a banda sofreu o trágico acidente, o grupo Só Pra Contrariar gravou uma música nomeada "Tributo aos Mamonas" em homenagem à banda;

— O grupo Titãs dedicou seu álbum de 1997, “Acústico MTV”, aos Mamonas Assassinas. No ano de 1999, regravaram a canção de sucesso "Pelados em Santos", em seu álbum de covers chamado “As Dez Mais”;

— A banda 365 escreveu a música "Manhã de Domingo", que compõe o disco "Do outro Lado do Rio", homenageando os Mamonas. É válido lembrar, que quando os Mamonas se chamavam Utopia, abriram diversos show para a banda 365;

— O cantor Barrerito escreveu a música "Avião Assassino", em homenagem à banda;

— Tiririca gravou a canção "Ai Como Dó", homenageando os Mamonas Assassinas em seu álbum de 1997;

— Gabriel o Pensador, citou os Mamonas e a Brasília amarela na música "Festa da Música Tupiniquim", no álbum Quebra-Cabeça;

— Lenine citou Dinho na música "Todas Elas Juntas Num Só Ser";

— O disco “Sei” de Nando Reis conta com uma canção chamada "Pré-Sal", em que vários trechos de canções dos Mamonas são citados;

— Em um desenho da MTV Brasil intitulado “Mega Liga MTV de VJs Paladinos”, os Mamonas ressurgem do além para combater um vilão;

— A música "Robocop Gay" fez parte da trilha sonora de Caminhos do Coração (2007-2008), uma telenovela da Rede Record;

— A torcida do tipo Sport Club Internacional entoa uma paródia da música "Pelados em Santos" nas partidas do seu time;

— A escola de samba Mangueira compôs uma paródia de "Pelados em Santos" com "Manto sagrado verde e rosa";

— No Carnaval do ano de 2011, os Mamonas Assassinas foram homenageados pela escola de samba GRES Inocentes de Belford Roxo;

— No Carnaval do ano de 2013, a banda foi tema da escola de samba Acadêmicos do Porto Novo;

— No final do ano de 2013, mais precisamente em dezembro, foi lançada uma coletânea com apoio da Prefeitura de Guarulhos, intitulada "Guarulhos Canta Mamonas";

— Em 2014, o nome da banda apareceu escrito em uma cena do filme “Capitão América 2” (na versão exibida no Brasil).


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História - Parte I

Em março de 1989, Sérgio Reoli, ao trabalhar na Olivetti, conhece Maurício Hinoto, irmão de Bento. Ao saber que Sérgio é baterista, Maurício decide apresentar o irmão, que toca guitarra. A partir daí, Sérgio conhece Bento e decidem criar uma banda. Na época, Samuel Reoli, irmão de Sérgio, não se interessava em música, preferindo desenhar aviões. De repente, porém,ao ver Sérgio e Bento ensaiarem em sua casa ele se interessou pela música e passou a tocar o baixo elétrico,estava formada assim a cozinha com baixo,guitarra e bateria. Os três formaram o grupo Utopia, especializado em covers de grupos como Ultraje a Rigor, Legião Urbana, Titãs, Paralamas do Sucesso, Barão Vermelho, Rush,etc... Em um show, em Julho de 1990, o público pediu para tocarem uma música dos Guns N Roses, e como não sabiam a letra, pediram a um espectador para ajudá-los. Alecsander Alves, conhecido como Dinho, voluntariou-se para cantar e provocou grandes risadas da platéia, com sua performance escrachada, garantindo o posto de vocalista da banda. Através de Dinho, entrou o quinto integrante da banda, o tecladista Júlio Rasec. O Utopia passou a apresentar-se na periferia de São Paulo, e lançou um disco que vendeu menos de 100 cópias. Aos poucos, os integrantes começaram a perceber que as palhaçadas e músicas de paródia que faziam nos ensaios para se divertirem eram mais bem recebidas pelo público do que os covers e as músicas sérias. Começaram introduzindo devagar nos shows algumas paródias musicais, com receio da aceitação do público, mas eles perceberam que o público aceitava muito bem as músicas escrachadas,foi ai a chave para o sucesso da banda. Através de um show em uma boate em Guarulhos (SP), conheceram o produtor Rick Bonadio(mesmo empresário da banda de Santos, Charlie Brown Jr.).Gravaram duas músicas, Pelados em Santos e Robocop Gay e decidiram, então, mudar o perfil da banda, a começar pelo nome, "Mamonas Assassinas do Espaço", criado por Samuel Reoli e reduzido para "Mamonas Assassinas".


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História - Parte II

A banda enviou uma fita demo com as músicas "Pelados em Santos", "Robocop Gay" e "Jumento Celestino" para 3 gravadoras, entre elas a Sony Music e a EMI. Rafael Ramos, amigo da banda, baterista da banda Baba Cósmica e filho do diretor artístico da EMI, João Augusto Soares, insistiu na contratação. Após assistir uma apresentação do grupo em 28 de Abril de 1995, João Augusto resolveu assinar contrato com os "Mamonas". Após gravar um disco produzido por Rick Bonadio (apelidado pela banda de Creuzebek), os "Mamonas" saíram em imensa turnê, apresentando-se em programas como Jô Soares Onze e Meia, Domingo Legal,Programa Livre (no SBT), Domingão do Faustão, Xuxa Park (ambos na Rede Globo) e tocando cerca de 8 vezes por semana, com apresentações em 25 dos 27 estados brasileiros e ocasionais dois shows por dia. O cachê dos "Mamonas" tornou-se um dos mais caros do país, variando entre R$50 e 70 mil, e a EMI faturou cerca de R$80 milhões com a banda. Em certo período, a banda vendia 100 mil cópias a cada dois dias. Em 1992, quando eram o Utopia, os integrantes tentaram tocar no Estádio Paschoal Thomeo (conhecido como Thomeozão), em Guarulhos, porém foram expulsos pelo dirigente do mesmo, que considerava que a banda nunca iria fazer sucesso devido ao nome (Utopia). Em Janeiro de 1996, porém, já como Mamonas, os cinco lotaram o estádio. O logotipo da banda é uma inversão da logomarca da Volkswagen, colocada de ponta-cabeça, formando assim um M e um A de "Mamonas Assassinas". Um veículo da empresa alemã é citado na canção "Pelados em Santos": a Volkswagen Brasília, e na canção "Lá vem o Alemão" a Volkswagen Kombi. Os "Mamonas" preparavam uma carreira internacional, com partida para Portugal preparada para 3 de Março de 1996. Porém em 2 de Março, enquanto voltavam de um show em Brasília, o jatinho Learjet em que viajavam, prefixo LR-25D - PT-LSD, chocou-se contra a Serra da Cantareira, numa tentativa de arremeter vôo, matando todos que estavam no avião. O enterro, no dia 4 de Março, fora acompanhado por mais de 65 mil fãs (em algumas escolas, até mesmo não houve aula por motivo de luto).


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Gravação, produção e concepção do disco

O álbum homônimo à banda foi produzido por Rick Bonadio, responsável também pela produção de bandas como Los Hermanos, Charlie Brown Jr. e Rouge. A princípio, o grupo tinha apenas três canções escritas, no entanto, a pedido da gravadora EMI, os músicos precisariam de no mínimo 10 canções para emplacar o CD. Em uma semana, a banda escreveu outras 12 faixas que integrariam o álbum.



Para a capa, a banda decidiu fazer um trocadilho com o nome da banda “mamona”, expondo um par de seios (“mamas”) no qual os integrantes se penduravam. Segundo eles, o desenho feito por Carlos Sá teve inspiração na playboy de Mari Alexandre. A ideia era manter apenas o desenho, mas a gravadora exigiu que fotografias dos rostos dos membros fossem acrescentadas à capa.

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Acidente Acidente de avião

A aeronave havia sido fretada com a finalidade de efetuar o transporte do grupo musical para um show no Estádio Mané Garrincha, em Brasília. No dia 1º de março de 1996, transportou esse grupo de Caxias do Sul para Piracicaba, onde chegou às 15h45. No dia 2 de março de 1996, com a mesma tripulação e sete passageiros, decolou de Piracicaba, às 07h10, com destino a Guarulhos, onde pousou às 7h36. A tripulação permaneceu nas instalações do aeroporto, onde, às 11h02, apresentou um plano de voo para Brasília, estimando a decolagem para as 15h00. Após duas mensagens de atraso, decolaram às 16h41. O pouso em Brasília ocorreu às 17h52. A decolagem de Brasília, de regresso a Guarulhos, ocorreu às 21h58. O voo, no nível (FL) 410, transcorreu sem anormalidades. Na descida, cruzando o FL 230, a aeronave de prefixo PT-LSD chamou o Controle São Paulo, de quem passou a receber vetoração por radar para a aproximação final do procedimento Charlie 2, ILS da pista 09R do Aeroporto de Guarulhos (SBGR). A aeronave apresentou tendência de deriva à esquerda, o que obrigou o Controle São Paulo (APP-SP) a determinar novas provas para possibilitar a interceptação do localizador (final do procedimento). A interceptação ocorreu no bloqueio do marcador externo e fora dos parâmetros de uma aproximação estabilizada.

Sem estabilizar na aproximação final, a aeronave prosseguiu até atingir um ponto desviado lateralmente para a esquerda da pista, com velocidade de 205Kt a 800 pés acima do terreno, quando arremeteu. A arremetida foi executada em contato com a torre, tendo a aeronave informado que estava em condições visuais e em curva pela esquerda, para interceptar a perna do vento. A torre orientou a aeronave para informar ingressando na perna do vento no setor sul. A aeronave informou "setor norte". Na perna do vento, a aeronave confirmou à Torre estar em condições visuais. Após algumas chamadas da Torre, a aeronave respondeu e foi orientada a retornar ao contato com o APP-SP para coordenação do seu tráfego com outros dois tráfegos em aproximação IFR. O PT-LSD chamou o APP-SP, o qual solicitou informar suas condições no setor. O PT-LSD confirmou estar visual no setor e solicitou "perna base alongando", sendo então orientado a manter a perna do vento, aguardando a passagem de outra aeronave em aproximação por instrumento. No prolongamento da perna do vento, no setor Norte, às 23h16, o PT-LSD chocou-se com obstáculos a 3.300 pés (1006 metros), no ponto de coordenadas 23º25 52"S 046º35 58"W. Em consequência do impacto, a aeronave foi destruída e todos os ocupantes faleceram no local.


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Nota Adicional integrantes da banda Mamonas Assassinas

Uma operação equivocada do piloto é a versão do Departamento de Aviação Civil (DAC) para explicar o acidente com o jatinho que causou a morte dos cinco integrantes do grupo Mamonas Assassinas na noite de 2 de março de 1996, em São Paulo. A 10 quilômetros do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em Guarulhos, o piloto repetia, a pedido da torre de controle, o procedimento de aterrissagem. No entanto, em vez de fazer uma curva para a direita, virou o avião Lear Jet 25, prefixo PT-LSD, para a esquerda, chocando-se com a Serra da Cantareira. Além dos componentes da banda, Dinho, que completaria 25 anos dali a três dias, os irmãos Samuel (que completaria 23 anos no dia 11 de março) e Sérgio, Júlio e Bento, também morreram no acidente o piloto, o co-piloto e dois assistentes dos artistas, Isaque Souto, primo de Dinho, e Sérgio Saturnino Porto, segurança do grupo. A morte trágica de seus cinco integrantes causou comoção em todo o Brasil, menos de dois anos depois da morte de Ayrton Senna em 1994. Dias após, houve um minuto de silêncio no Maracanã, antes do jogo entre Botafogo e Flamengo.


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Mamonas e os Aviões

Os Mamonas Assassinas sempre tiveram uma certa relação com aviões. Quando adolescente, Samuel costumava desenhar aviões. No final dos anos 80, Sérgio, Bento e Samuel formaram a banda Ponte Aérea, que depois se tornaria Utopia. Todos os integrantes do grupo moravam perto do Aeroporto Internacional de São Paulo-Guarulhos. No disco homônimo do grupo Mamonas Assassinas, há um agradecimento a Santos Dumont "Por ter inventado o avião, se não a gente ainda estaria indo mixar o disco a pé".

Um trecho da música 1406 cita um avião. "Você não sabe como parte um coração/ Ver seu filhinho chorando querendo ter um avião"

Existem registros em que Dinho cita o cantor norte-americano Ritchie Valens, conhecido pela música La Bamba, morto em um acidente aéreo em 03 de Fevereiro de 1959. Em um vídeo Júlio e Dinho cantam a música Donna de Ritchie Valens. Durante uma entrevista ao Top 30 MTV, Dinho afirmou que os Mamonas Assassinas não lançariam um segundo disco "Vamos fazer um show no interior e nós vamos de monomotor, você já ouviu falar em La Bamba?". Em algumas oportunidades o vocalista chegou a assumir o lugar do piloto durante as viagens do grupo. As brincadeiras com um possível acidente era constante, e diversas brincadeiras com a morte foram registradas.
No dia 02 de Março de 1996, o tecladista Júlio disse a um amigo cabeleireiro que havia sonhando com um acidente de avião. O depoimento foi gravado e teve muita repercussão na época.

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